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sexta-feira, 8 de abril de 2011


Maria Luisa de Melo


A notícia de que sua sobrinha e afilhada havia sido morta com um tiro na testa por um homem chegou através de um vizinho. Inicialmente, o que Luciana Copa sabia era que a Escola Municipal Tasso da Silveira, onde Géssica Guedes Pereira, de 14 anos, estudava, havia sido alvo de um atentado no início da manhã. Mais tarde, a mulher surpreendeu-se ao ter que ir ao Instituto Médico Legal reconhecer o corpo da adolescente.

"Tudo o que ela queria era ingressar na Marinha. Estava fazendo cursinho e tudo. Mas acabou aqui (no Instituto Médico Legal). Morta com tiro na testa. Só vi por foto, não tenho coragem de vê-la com a cabeça esfacelada", emocionou-se a madrinha da vítima, antes de acrescentar: "Tenho um filho na mesma turma, que me contou que antes de matar as crianças, o atirador disse que só morreriam as meninas bonitas. Ele se aproximava das meninas bonitas e atirava sem pena. As feias, segundo meu filho, ele deixava passar".

Sueli Pereira, mãe de uma das vítimas: "Tínhamos que ter PMs em todas as escola


Insegurança

Para a mãe da jovem assassinada, Sueli Guedes Pereira, há uma grande falha na segurança das escolas do Rio, que só dispõe de guardas municipais desarmados. "Eu que sou mãe já fui barrada algumas vezes para entrar na escola da minha filha. Por isso não consigo entender como um louco desses conseguiu um acesso tão fácil. Tínhamos que ter PMs nas proximidades de todas as escolas do Rio. Cadê a segurança das escolas?", desabafou a mãe.

O tio de Géssica, Rosivaldo Pereira, 30 anos, acredita que se houvessem pelo menos guardas municipais com teaser (pistolas de choque), a tragédia poderia ter sido evitada.
"Como não tem um guarda municipal numa escola com 400 crianças? É inacreditável uma coisa dessas. Só na minha vila ( Vila João Lopes, em Realengo) foram quatro adolescentes assasinados. É inacreditável", criticou o soldador.

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