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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011


Carta ao Deputado Federal João Dudimar Paxiúba

Amigo Ajude a pagar a divida histórica com a população itaitubense...

Creio que não teria momento mais propicio como este para fazer um pedido especial a você. Sei que nas suas andanças em busca de votos durante o último pleito eleitoral você ouviu muitas reivindicações dos eleitores da nossa querida Itaituba. Tenho lido e ouvido da grande expectativa e perspectiva da população quanto a vossa excelência e a sua atuação como primeiro Deputado Federal da região. No entanto amigo, quero aqui fazer o apelo ao nosso mais nobre cidadão itaitubense no momento.
Amigo, politicamente existe uma divida histórica com a população itaitubense. Em áreas essenciais para a sociedade local e regional. Permita fazer uma breve reflexão do passado para fazê-lo despertar e lutar insistentemente, a fim de cumprir essa dívida.
Quando éramos alunos e sua mãe professora, naquela época os prefeitos Tibiriça Santa Brígida da Cunha, Altamiro Raimundo da Silva e Francisco Mendonça, preocupavam-se com a educação dos “moleques” e a geração de renda para seus pais no tempo em que se acabava o sonho da borracha. Esses homens sonhavam com uma agricultura forte e próspera. Lembro-me de um deles, que na ânsia de ver agente conseguindo uns trocados nos comunicava quando chegaria o navio para recolher a borracha; e nós, sem perda de tempo embrenhávamos nas matas catando limões para vender a tribulação do navio 3 de outubro.
Você, a Nair minha querida irmã, bem como outros meninos e meninas de Itaituba, na época, tiveram a oportunidade de sair da cidade pepita e estudar em Santarém ou na capital do Estado. Porém a dívida ficou. Com o crescimento populacional desenfreado veio a necessidade de habitação e a esperança era lotear a “Cidade Alta” para atender a demanda que fluía com a fofoca dos garimpos. Os políticos, inclusive patrícios nossos, como Silvio Macedo, Chico Caçamba não conseguiram amenizar essa divida com a população. As pessoas se aglomeravam em barracos, pois se quer se projetou a cidade. Talvez por falta de experiências dos administradores.
Somente nós que abandonamos o aconchego da família e saímos de casa, entendemos o quanto foi difícil deixar nossos pais para estudar fora. Lembro-me quando retornei em 1981 a Itaituba, após quatro anos de estudos em Curitiba, PR; a nossa querida Itaituba estava um caos na educação e habitação e saneamento básico. Carências enormes de água tratada, energia elétrica... O tempo passou, a cidade cresceu, essas mesmas carências aumentaram; ou seja, a dívida continua. Os políticos, pouco ou nada fizeram para amenizar o caos. Ao invés de pagar a divida com a população iludiram o povo com promessas enquanto enchiam os bolsos com o dinheiro enviado para a melhoria da qualidade de vida da população.
Educação, geração de renda, habitação, saneamento básico... Aumentaram os problemas e cresceu a fome de poder, mentir, enganar, furtar, saquear o dinheiro público para financiar o desmatamento, prostituição, mortes e destruição beneficiar uns poucos que compactuam com o atraso.
Além das migalhas oferecidas como favor para a população restam os escândalos, a miséria, sofrimento e a instabilidade social. Os coronéis se apropriando indevidamente do dinheiro público e com ele lutando para se manter no poder. Triste realidade.
Por favor, amigo confiamos em você, acreditamos no seu potencial, na sua idoneidade.... Faça alguma coisa por este povo tão sofrido. É possível, basta querer é só não enveredar pelos caminhos dos que aí estão, brigando pelo poder de furtar, de coagir, de dominar. Pelo amor de Deus, faça alguma coisa pelo nosso povo.

Deus te abençoe.

Lúcio Freire

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